Jorge Klotz e Gleicimara Araújo viviam um grande momento em suas carreiras no sul da Bahia. Ela atuando como educadora numa universidade federal, e ele produzindo um dos melhores chocolates do mundo.
Com a perda da esposa, Jorge Klotz decidiu que não faria mais sentido a produção de chocolates finos. Mas, recuou da decisão depois de obter o incentivo da família de Gleicimara Araújo e amigos. Outra motivação foi a conquista de um prêmio, nos Estados Unidos, pela produção de um dos melhores chocolates do mundo.
O chocolate premiado, que é uma mistura com cupuaçu, era o favorito de Gleicimara Araújo. Isso foi decisivo para o novo rumo na vida de Jorge. O chocolateiro e a professora se conheceram na Bahia, em 2009, para onde se mudariam anos depois. Na região do cacau, tiveram os dois filhos.
Viúvo e com dois filhos pequenos para cuidar, ele recebeu e aceitou o convite da mãe de Gleicimara Araújo para morar em Varginha. Ou seja, transferiu o pequeno negócio de Itabuna para o sul de Minas Gerais, onde chegou sem nenhum centavo no bolso, segundo relata. Ele conquistou outros dois prêmios em festivais de chocolate na Europa.
Importantes para o posicionamento da marca, as premiações não garantiram recursos financeiros para o aumento da produção. Jorge Klotz precisava de dinheiro para ampliar os negócios, com um espaço maior onde pudesse receber os clientes e tornar os produtos da pequena fábrica Kae, chocolate com Axé mais conhecidos no Brasil. Por isso, recorreu ao Domingão com Huck, da TV Globo, e, no domingo (11), Dia dos Pais, ganhou o prêmio em dinheiro no quadro The Wall com uma amiga, a estudante Letícia Mota, de 30 anos.
Na primeira rodada do quadro, com perguntas mais fáceis, respondidas pela dupla de participantes, conseguiram R$ 38,303. Jorge e Letícia conseguiram mais de R$ 200 mil nas fases posteriores. Ela foi para o isolamento e respondeu as questões nas demais fases. Saíram do programa com 240.523,00 para ampliar o negócio.