O secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas,
afirmou, que a retirada “abrupta” de cubanos do Programa Mais Médicos fará com
que a saúde pública do País seja abatida por um “descalabro”. Ele disse que
tentará, em conjunto com gestores de todo o país, uma alternativa à medida.
“A retirada antecipada, abrupta, dos médicos cubanos do
programa Mais Médicos, que vinha já há cinco anos sendo conduzido no país,
representa uma grave ameaça à sustentabilidade da atenção primária em todo o
país, não apenas na Bahia. A Bahia possui mais de 50% dos médicos do programa
Mais Médicos de origem cubana e o anuncio da retirada até dia 25 de dezembro
trará consequências graves de desassistência, com risco de vida para as
pessoas, para as gestantes que estão em pré-natal, para os pacientes diabéticos,
hipertensos, portadores de doenças crônicas, que vem sendo atendidos por esses
médicos em mais de 300 municípios em toda a Bahia. Portanto, estamos
preocupados e estamos em articulação nacional, junto aos demais secretários de
saúde dos estados e dos municípios, para que possamos conduzir uma
alternativa a esse descalabro que se abaterá sobre a saúde pública do
Brasil”, declarou.
O governo cubano anunciou a retirada de profissionais de
saúde em atuação no programa Mais Médicos após declarações do presidente eleito
Jair Bolsonaro. Conforme dados da secretaria, o estado possui 1.522
médicos do programa, que estão alocados em 363 municípios. Deste total, 846 são
cubanos.
FONTE: Bahia.ba