No último dia 9 de julho, a juíza Théa Cristina Muniz Cunha Santos, da 3ª Vara do Sistema dos Juizados, em Ilhéus, julgou improcedente embargo impetrado pelo blogueiro Emílio Gusmão, ex-integrante do governo do prefeito Mário Alexandre, onde ocupou a superintendência de meio ambiente, contra o jornalista Andrei Sansil, editor deste humilde veículo.
Gusmão pretendia que a magistrada revisasse sua decisão e condenasse o jornalista ao pagamento de indenização no valor de R$ 26 mil.
Em janeiro desse ano, a magistrada negou o pedido de Gusmão. Na ação, registrada sob o número 0004156-08.2017.8.05.0103, o blogueiro acusa o veículo de perseguição.
À época, o então superintendente era alvo de críticas, em toda a imprensa, por ter suspendido o funcionamento da usina de asfalto do município sob alegações que nunca foram totalmente provadas (lembre-se aqui).
Também à época, Gusmão foi acusado de ser o responsável pela buraqueira nas vias urbanas da cidade, já que, sem a usina, não era possível executar o serviço de recuperação asfáltica.
Não custa lembrar que as críticas ao então superintendente partiram de diferentes veículos de comunicação, mas uma motivação ainda desconhecida o levou a mirar no ILHÉUS EM RESUMO como alvo de seus processos.
Nas duas ocasiões em que analisou o caso, a juíza Théa Cristina Muniz Cunha Santos não encontrou motivos para a condenação.
De fato, nunca miramos a pessoa de Emílio Gusmão. Nunca faríamos isso. Criticamos o agente público. O servidor muito bem remunerado pela comunidade ilheense para desempenhar – da pior forma possível, diga-se de passagem, a função.
Em tempo – O valor da indenização pleiteada pelo blogueiro – R$ 26 mil, leva a pensarmos numa tentativa de censura econômica. Seria algo lamentável para alguém que já deu palestras e entrevistas a veículos de repercussão nacional combatendo a censura à mídia alternativa e se viu alvo de processos judiciais.
Em tempo 2 – Esse, já vencido, não é o primeiro – e nem o segundo, processo movido por Emílio Gusmão contra o jornalista Andrei Sansil. São três as ações.
Na segunda ação, o ex-auxiliar de Marão também requer indenização – outra vez de R$ 26 mil, por matérias postadas no blog que questionam a sua atuação à frente do órgão ambiental do município.
Prevendo derrotas na área cível, como a concretizada no último dia 9, Gusmão recorreu à área criminal. Acusa o jornalista Andrei Sansil de contravenções penais, por supostamente difamá-lo. Nas alegações, no entanto, continua a recorrer aos mesmos argumentos das duas ações anteriores.