O presidente Temer ainda não conseguiu desatar totalmente o
nó da paralisação dos caminhoneiros e já está diante de um novo aperto: a
Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade sindical que representa os
funcionários da Petrobras, decidiu deflagrar uma “greve nacional de
advertência”. Vai durar 72 horas.
Os braços serão cruzados na virada de terça para
quarta-feira, dia 30 de maio. E as atividades só serão retomadas no final da
noite de sexta-feira, 1º de junho. Em comunicado divulgado no seu site, a FUP
informa que a parada de três dias é uma prévia da “greve por tempo
indeterminado.” Coisa já “aprovada nacionalmente pela categoria.”
Na negociação com os caminhoneiros, o governo se dispôs a
realizar a mágica de manter a política de reajustes da Petrobras e, ao mesmo
tempo, oferecer diesel mais barato. Retirou um bode da cartola: congelamento do
diesel por 30 dias e subsídio de R$ 5 bilhões para atenuar os reajustes do
produto sem impor prejuízos à Petrobras.
Os petroleiros exigem que Temer produza uma mágica ainda
mais espetacular, que exigirá a retirada de cartolas de dentro dos bodes. A FUP
quer a redução do preço do gás de cozinha e de todos os derivados do petróleo,
não apenas o diesel.
Mais: a entidade deseja a demissão de Pedro Parente, atual
presidente da Petrobras. Muito mais: pede a imediata interrupção da venda de
ativos da estatal. Os petroleiros informam que, já neste domingo (27/7), farão
uma espécie de operação tartaruga, retardando a troca de turnos em quatro
refinarias e duas fábricas de fertilizantes que a Petrobras cogita privatizar.
São elas: Rlam, na Bahia; Abreu e Lima, em Pernambuco; Repar, no Paraná; Refap,
no Rio Grande do Sul; Araucária Nitrogenados, no Paraná; e Fábrica de
Fertilzantres Nitrogenados Fafen, na Bahia, informou o Simões Filho.